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Município do Brasil | |||
Centro de São Roque | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Mea paulista gens "Minha nação paulista" |
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Apelido(s) | "Cidade do vinho" | ||
Gentílico | são-roquense | ||
Localização | |||
Localização da Estância Turística de São Roque em São Paulo |
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Mapa da Estância Turística de São Roque |
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Coordenadas | 23° 31' 44" S 47° 08' 06" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região intermediária[1] | Sorocaba | ||
Região imediata[1] | Sorocaba | ||
Região metropolitana | Sorocaba | ||
Municípios limítrofes | Araçariguama, Itapevi, Vargem Grande Paulista, Ibiúna, Mairinque, Cotia e Itu | ||
Distância até a capital | 62 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 16 de agosto de 1657 (363 anos) | ||
Aniversário | 16 de agosto | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Cláudio José de Góes (PSDB, 2017 – 2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 307,553 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2020[4]) | 92 060 hab. | ||
Densidade | 299,3 hab./km² | ||
Clima | subtropical cwa | ||
Altitude | 771 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[5]) | 0,802 — muito alto | ||
PIB (IBGE/2008[6]) | R$ 1 040 799,311 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[6]) | R$ 15 380,74 | ||
Sítio | saoroque.sp.gov.br (Prefeitura) camarasaoroque.sp.gov.br (Câmara) |
São Roque é um município brasileiro do interior do estado de São Paulo, situado na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba. Localiza-se à latitude 23º31'45"Sul e à longitude 47º08'07" Oeste, com altitude de 771 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 92 060[4] habitantes, distribuídos em 307,55 km² de área, com 106 bairros. O município é formado pela sede e pelos distritos de Canguera, Mailasqui e São João Novo[7][8].
Ver artigo principal: Estância turística (São Paulo)
São Roque é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
O turismo “bate volta” é muito importante na cidade. Pessoas de toda a região no raio aproximado de 100 km visitam a cidade semanalmente onde usufruem de belos passeios, restaurantes variados e dos vinhos, licores, destilados, alcachofra e doces produzidos na cidade.
Fundada na segunda metade do século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros - mais conhecido como Vaz-Guaçu - a cidade surgiu de uma enorme fazenda e uma capela por ele erigida no local. A capela - então localizada onde hoje é a Praça da Matriz - foi levantada em devoção a São Roque. A fazenda tinha por objeto o cultivo de vinhedos e de trigais, utilizando-se mão-de-obra indígena e mais tarde, de escravos africanos. Pouco depois da criação dessa fazenda, o irmão de Pedro Vaz - Fernão Paes de Barros, também veio a se instalar em São Roque, nos mesmos moldes que seu irmão, fundando uma fazenda e uma capela, contudo em louvor a Santo Antônio.[9]
A capela original a São Roque, bem como as igrejas barrocas que a sucederam no Largo da Matriz foram derrubadas e sucessivamente "modernizadas", assim como todo o entorno paisagístico do Largo da Matriz. Ao que consta, até a década de 1940, o Largo da Matriz era formado por um conjunto arquitetônico barroco, tendo a sua volta casarões.
Antes de ter sido elevado à condição de vila em 1832, o povoado foi declarado freguesia de Santana de Parnaíba, no ano de 1764. Em 1864, é elevado à categoria de município. Entre 1872 e 1875, é inaugurada a Santa Casa de Misericórdia e a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. No final do século XIX, tem sua economia impulsionada pela chegada de imigrantes italianos.[9]
Em 8 de abril de 1834, é criado o I Cartório de Protesto de Notas e Títulos. O fórum judicial é criado em 15.04.1873, com a instalação de dois ofícios judiciais. Um ano depois, é criado o 1º Cartório de Registro de Imóveis. Em 01.01.1889, é instalado o Primeiro Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais. Em 1893, é instalado o 2º Cartório de Protesto de Notas e Títulos.[10]
Ao que consta, essas melhorias foram levadas a cabo em função da influência político do Sr. Antônio Joaquim da Rosa, o Barão de Piratininga, importante personalidade são-roquense, e ao que consta, amigo pessoal do Imperador D. Pedro II.[11] O Barão de Piratininga chegou, inclusive, a ser nomeado presidente da província de São Paulo no ano de 1869.[12]
Em 1890, o industrial italiano Enrico Dell'Acqua funda a BRASITAL, uma das primeiras indústrias têxteis do Brasil, a qual funcionou até meados dos anos 1970. Hoje, faz parte do patrimônio público municipal, abrigando um centro cultural e educativo, bem como a biblioteca municipal.[13]
A primeira tipografia da cidade é criada pelos irmãos Boccato, que passam a editar um semanário chamado "O Democrata". O jornal foi fundado em 1 de maio de 1917.[14] O primeiro ginásio da cidade, a escola "Horácio Manley Lane" foi fundada em 1947.[15]
O município de São Roque localiza-se numa região de morfologia bastante acidentada, atingindo 1200 metros de altitude em alguns locais, e caindo para 600 metros em outros. Pontos destacados de maior altitude podem ser citados, como:
O clima de São Roque é o subtropical Cwa, segundo a classificação climática de Köppen, com média no mês mais quente, fevereiro, de 30 °C e média no mês mais frio, julho, de 15,5 °C e a média de precipitação anual é de 1352mm, geadas ocorrem em praticamente todos os invernos. Em 17 de julho de 2000, São Roque registrou uma temperatura de -3 °C, segundo o governo do estado de São Paulo.
Gráfico climático para São Roque | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
278
28 16 |
137
29 16 |
136
29 16 |
48
25 14 |
55
23 10 |
27
22 9 |
81
23 8 |
27
25 10 |
72
26 11 |
115
27 13 |
152
27 14 |
219
28 15 |
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
Fonte: Ciiagro |
A Mirage Transportes[17] é a empresa que opera as linhas de ônibus no município. Todas as rotas municipais saem no terminal urbano localizado aos fundos da Estação Rodoviária, e atendem toda a zona urbana e os bairros rurais, além de Mailasqui, São João Novo e Canguera.
A cidade também conta com vários pontos de táxis localizados na área central e na Estação Rodoviária.
Já o transporte intermunicipal é operado por duas empresas: Rápido Luxo Campinas Ltda. [18] (para Sorocaba, Mairinque, Alumínio, Ibiúna e Araçariguama[19], pela EMTU) e Viação Danúbio Azul [20] (para Itapevi, Pirapora do Bom Jesus, Vargem Grande Paulista, Cotia e Araçariguama, todas incluindo a última pela ARTESP, pois ela não foi repassada para a EMTU, pois trata-se de uma viagem parcial da linha original, que liga São Roque à Pirapora do Bom Jesus). Todas as linhas operam em um terminal suburbano localizado ao lado da Estação Rodoviária. A Viação Cometa opera linhas rodoviárias (para São Paulo, Sorocaba, Itapetininga, Santos, São Vicente, Praia Grande e Mongaguá).
Assim, por meio de transporte coletivo, somente é possível chegar à cidade por meio de ônibus, o qual é operado por duas linhas, via Castelo Branco passando por Araçariguama e Via Raposo Tavares passando por Cotia e Vargem Grande Paulista, operada pela Viação Cometa. O trajeto da rodoviária de São Roque até a rodoviária da Barra Funda é percorrido de uma hora e vinte minutos pela Rodovia Castelo Branco a duas horas pela Rodovia Raposo Tavares, dependendo da fluência do trânsito nas Marginais do Tietê e Pinheiros.
O município é ligado à capital do estado por meio de duas rodovias, a Raposo Tavares SP-270 e a Castelo Branco SP-280. A primeira também liga São Roque a Sorocaba, o centro econômico regional mais importante da região. Existe uma ferrovia ligando São Roque a São Paulo e a Sorocaba: trata-se da Linha Tronco da antiga Estrada de Ferro Sorocabana. [21] A ferrovia, contudo, hoje em dia, está desativada na região, já que o transporte de passageiros foi extinto no ano de 1999, após a privatização da companhia proprietária da linha férrea, a companhia estadual FEPASA.[22]
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[23], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[24], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[25] para suas operações de telefonia fixa.
Festa do Vinho, anos 1970. Arquivo Nacional.
São Roque abriga a "Casa e a Capela do Sítio Santo Antonio", um bem cultural de relevância nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN no ano de 1941. A casa-grande foi edificada no século XVII, no ano de 1681, pelo bandeirante Fernão Paes de Barros. Trata-se de conjunto arquitetônico de natureza singular, formado por uma casa-grande e uma capela feitas em taipas de pilão, sendo a mais antiga da região. Um dos primeiros a reconhecer seu valor arquitetônico e histórico foi o escritor modernista Mário de Andrade- cuja família doou o imóvel ao Patrimônio Histórico Nacional após sua morte, conforme desejo do escritor.[26]
Digna de ser visitada é a reserva ecológica conhecida localmente como "Mata da Câmara", um parque municipal no qual se pode admirar a vegetação natural da Mata Atlântica, com suas típicas orquídeas, bromélias, etc. A área faz parte do chamado "cinturão verde da Mata Atlântica", reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO.[27].
Além disso, São Roque é conhecida como a Terra do Vinho. A cidade possui em seu território diversas vinícolas, que produzem os mais variados tipos de vinho. [28]. Anualmente, no mês de outubro, a cidade promove a "Expo São Roque", exposição que reúne produtores de vinhos, uvas e alcachofras, com o objetivo de vender os seus produtos diretamente para o consumidor final. [29].