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Chácara Maria Trindade
Conjunto Habitacional Recanto dos Humildes
Jardim Adelfiore
Jardim da Conquista
Jardim do Russo
Jardim Manacás
Jardim Perus
Jardim Russo
Loteamento Vitória Régia
Perus
Recanto Paraíso
Sítio Areião
Sítio Botuquara
Vila Caiúba
Vila Fanton
Vila Hungaresa
Vila Inácio
Vila Malvina
Vila Nova Perus
Vila Perus
Vila Rancho Alegre
Vila Santa Cruz
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Perus | |
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Área | 23,9 km² |
População | (60°) 180.002 hab. (2018) |
Densidade | 35,57 hab/ha |
Renda média | R$ 2.800,00 |
IDH | 0,772 - medio (83°) |
Subprefeitura | Perus/Anhanguera |
Região Administrativa | Noroeste |
Área Geográfica | 1 (Noroeste) |
Distritos de São Paulo |
Guincho Perus , Perus é um distrito situado na zona noroeste do município de São Paulo. A data de aniversário do distrito é comemorada em 21 de setembro.
Faz parte do antigo caminho para a região de Campinas e Jundiaí e é servido pela Linha 7 - Rubi da CPTM (antiga São Paulo Railway), pela Rodovia dos Bandeirantes, pela Rodovia Anhanguera, pela Estrada Velha de Campinas, e pelo Rodoanel Mário Covas. Faz limite com os municípios de: Caieiras, Cajamar Osasco e, com a abertura do Rodoanel , em 2002, foi criado, via túnel, o limite com o município de Barueri. Possui o maior parque municipal de São Paulo, o Parque Anhanguera.
Àreas nobres de Perus são: Vila Perus (Centro); Vila Nova Perus; Jardim Adelfiore e Vila Fanton.
A história mais conhecida sobre o nome de Perus é a de uma mulher chamada Maria que servia refeição de qualidade para os tropeiros que passavam na região, tornando-se famosa entre eles. Por criar perus ela passou a ser chamada Maria dos Perus. Servia de referência na região "Vou lá aonde há a Dona Maria dos perus"..."vou aonde há perus"..."vou à fazenda dos perus".."vou lá em perus".
Outra história, essa por sua vez, focada no nome "perus", segundo a língua tupi-guarani, o nome "Perus" foi uma justaposição e modificação do real nome "PI-RU", que traduzido, significa pôr-se apertado, à força.
Tropeiros paulistas que atravessavam a região
Tornou-se, de fato um distrito do município de São Paulo em 1934, desmembrado do então subdistrito de Nossa Senhora do Ó, o qual, desde 1867, o distrito ficou dependente da jurisdição do distrito Nossa Senhora do Ó. Em 1948, parte de seu território serviu para a formação do novo distrito do Jaraguá. Atualmente fazem parte do distrito de Perus mais de 45 bairros, chamados também de "Vilas". É inconcebível falar do distrito de Perus, sem citar o nome da vila a qual está se referindo, falar apenas "moro, conheço, trabalho em Perus", fica vago, ante à dimensão do distrito. Isso tem seus prós e contras. A maior dificuldade é da prefeitura acompanhar o rápido e constante crescimento do distrito.
A busca de ouro foi tema recorrente durante os primeiros estágios da ocupação portuguesa do Brasil, fato explicável pela conquista espanhola dos Impérios Asteca e Inca, e de suas enormes reservas de prata, logo no começo do século XVI.
Assim, de acordo com Alfredo Ellis Jr., não é surpreendente que, mal chegado à costa brasileira em 1530, Martim Afonso de Sousa tenha tratado de enviar um destacamento ao interior do território em busca de metais preciosos. Outras explorações se seguiram, propiciando notícias de descobertas em Apiaí (alto Vale do Ribeira), Paranaguá e outros pontos do sul da colônia entre 1561 e 1592. O ouro levado da Vila de Santos por corsários ingleses em 1588 e 1591 é uma segura confirmação do sucesso desses empreendimentos. Porém, de maior monta foi o ouro encontrado em 1590 no Pico do Jaraguá e no Córrego Santa Fé - cujas nascentes situam-se na encosta da montanha - pelos Affonso Sardinha (pai e filho com o mesmo nome) e por Antonio Bicudo Carneiro. (Ellis Junior, 1942, p. 111-2, op. cit.)
O impacto do mito que se criaria acerca do ouro de Jaraguá foi tamanho que, em 1839, (reproduzindo uma opinião ainda muito em voga nos dias de hoje) o reverendo metodista Daniel Parish Kidder anotava que as velhas minas de ouro do Jaraguá... foram as primeiras descobertas no Brasil. Produziram muito durante a primeira metade do século dezessete, e as grandes quantidades de ouro de lá canalizadas para a Europa granjearam para a região o cognome de segundo Peru; tiveram, além disso, o mérito de incentivar a exploração do interior da qual resultou a localização de diversas zonas auríferas em Minas Gerais (Kidder, 1980, p. 194, op. cit., grifos nossos).
"Segundo Peru", "Peru do Brasil" (Santos & Rodrigues,1998, p. 49), denominações cuja popularidade rivalizava com o topônimo oficial da região no Período Colonial: "Ajuá" (nome de um arbusto espinhento).
O ilustre historiador Afonso d'Escragnolle Taunay constatou, em documento de época, que o empreendimento minerador dos dois Sardinha começou precisamente em 1597, em sociedade com o Sr. Clemente Alves. Taunay identifica uma autêntica "miragem americana", consubstanciada, por exemplo, pela espetacular vinda a São Paulo de uma comissão governamental de alto nível, acompanhada de técnicos, para estudar in loco as jazidas do Jaraguá. (Taunay, 1921, p. 197-9, 239 e seguintes).
Todavia, como bem questiona Ellis Jr., quanto ouro teria sido proveniente da mineração quinhentista? O dado que o professor encontrou, na História Econômica do Brasil de Roberto Simonsen, é de 930 arrobas, em relação ao qual ele, Ellis Jr., expressa opinião de que não deveria estar muito longe da exatidão, pois incluía também as outras fontes de metal precioso do sul da Capitania, em todo o Período Colonial.
Para evidenciar-se a insignificância desse montante, basta lembrar que, no século XVIII, a quantidade mínima de ouro que deveria ser arrecadada anualmente pelo sistema de coleta de impostos em Minas Gerais era de 100 arrobas (cerca de 1.500 quilos). Portanto, a mineração do Jaraguá não deveria ter sido uma abundante cornucópia de riquezas. Fosse, teria sido um fanal [o mesmo que farol, obs. minha E. S.] atrator de grandes massas demográficas que teriam feito de S. Paulo e do planalto paulista uma região super povoada de elementos reinóis, tal como foram as Minas de Ouro no setecentismo ... Entretanto, o fato da mineração paulistânica, no Jaraguá e proximidades, não teve grande repercussão na evolução histórica de S. Paulo. Sua população não teve surtos de progresso em virtude dessa mineração. Sua economia não ofereceu manifestações de euforia em matéria de conforto, as quais seriam visíveis se tivesse havido. Enfim, tudo nos denuncia que ... [a] mineração planaltina ... foi apenas um leve arranhão na vida econômica paulistana. (Ellis Junior, 1942, p. 112-3, op. cit.)
Deve-se observar que os dados de Ellis Jr. são compatíveis com o relato de Kidder que disse ter encontrado a lavra abandonada aos pés da montanha, num terreno de aluvião, sem se propor a realizar uma investigação rigorosa que confirmasse tudo o que ouvia. Seu depoimento é um bom indício, conseqüentemente, da permanência da "miragem americana" (Taunay) no imaginário dos moradores da Vila de Piratininga.
O distrito mais setentrional do município (a despeito de dificilmente ser visto como integrante da zona norte da capital), situado na região do Vale do rio Juqueri e da Serra Cantareira, Perus é um núcleo urbano isolado do restante da cidade por um cinturão verde cada vez mais tênue, características que fazem com que muitas pessoas tomem-no por um dos Municípios do Norte/Noroeste da Grande São Paulo, confusão explicável pelas fortes ligações históricas e culturais entre Perus e as cidades vizinhas.
A região do Vale do rio Juqueri e da Serra da Cantareira foi zona de passagem de tropas militares e importante entreposto de abastecimento durante o período colonial e sob a vigência do Império, fato que ficaria materializado em vias que fazem a ligação entre Perus e os bairros de Parada de Taipas e Jaraguá: Av. Raimundo Pereira de Magalhães, ou Estrada Velha de Campinas, e Estrada São Paulo-Jundiaí.
De longa data, há registros históricos sobre Perus. No século XVII, existiram em sua área a Fazenda dos Pires, propriedade de Salvador Pires Medeiros, capitão da gente de São Paulo, dedicada à produção vinícola; e a Fazenda Ajuá, pertencente ao paulista Domingos Dias da Silva, tida como uma das maiores fazendas de cereais nas cercanias da Capital no começo do século seguinte. Em l856, o Registro Paroquial de Nossa Senhora do Ó assinalava dezessete proprietários de terras no "Bairro do Ajuá", antigo nome de Perus. Em 1867, os grandes proprietários eram Antonio Francisco de Aguiar e Castro, Candido da Cunha Brito, o Coronel Luiz Alves de Almeida, Hedwiges Dias de Oliveira (antigo nome da R. Crispim do Amaral) e Jesuino Afonso de Camargo, nome de outra rua em Perus.
Nesse mesmo ano (1867), junto com o restante da São Paulo Railway (atual E. F. Santos-Jundiaí), foi inaugurada a Estação de Perus, dando início a um processo de urbanização do Vale cujos grandes marcos foram a Companhia Melhoramentos de São Paulo (1890), o Hospital Psiquiátrico do Juquery e sua Fazenda (1898), a Estrada de Ferro Perus-Pirapora (EFPP, 1910) e a Companhia Brasileira de Cimento Portland (1926). Também digna de menção é a Fábrica de Pólvora erguida a uns duzentos metros da Estação de Perus, da qual restam alicerces. Nos primeiros anos da República, junto com a Ipanema, esta Fábrica foi a principal fornecedora de munição para o sistema de defesa do Porto de Santos.
De imediato (ou melhor: antes da inauguração da Fábrica de Cimento), o acesso ferroviário trouxe a vinda de novos proprietários para Perus, como Antonio Maia, Di Sandro, Achile Fanton, Ernesto Bottoni, Narciso Cagnassi, Leonardo Correia, Julio de Oliveira, Vasco Gazzo, Demetrio Vidal Lopes, Pasquale Peciccacco, Peregrino Lage, Sílvio de Campos, Joaquim Serpal; nomes que, em sua maioria, estão estampados nas placas de ruas e avenidas do distrito. Homenagem mais do que justa pois os loteamentos foram formados a partir de glebas pertencentes a famílias desses senhores. Quanto aos porquês da presença desses nomes das placas, o fato é que a memória do papel dos personagens popularmente reconhecidos como os "pioneiros" da localidade está se perdendo nas penumbras do tempo. Salvo reminiscências repassadas oralmente, quase de forma mítica, pouco se sabe do passado agrícola recente de Perus, do modo de vida e das dificuldades enfrentadas num período não tão distante.
Distrito de Perus visto do Parque Estadual do Juqueri entre as cidades de Franco da Rocha e Caieiras
O distrito de Perus conserva muitas histórias ao longo dos anos. Muitos protestos importantes ocorreram na região, como na mídia nacional e internacional. O distrito, abriga em sua área, a maior escola pública do Estado de São Paulo, a Escola Estadual Brigadeiro Gavião Peixoto, que atende cerca de 3600 alunos, sendo uma referência em toda região.
Perus também abrigou em seu território, a primeira fábrica de cimento do país, a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus, que produzia o mais denso e original cimento, com sua cor bem escura. Porém, depois de muitos protestos, a fábrica de cimento fora desativada, por pressão popular.
Outro aspecto importante é Perus ter a Estada de Ferro Perus-Pirapora, estrada essa que encontra-se desativada, mas existe projetos de reativação da mesma, tanto que o Condephaat já determinou a região da Estrada de Ferro como Patrimonio Histórico. Várias empresas e empresários contribuem para a reativação da Estrada, dentre elas a CPTM, que tem um projeto de turismo na região.
O distrito, está em constante crescimento, é ainda carente de alguns serviços, mas empresas grandes, multinacionais se instalaram na região, onde fazem a economia do distrito avançar. O distrito, é, respectivamente dividido em três: industrial, residencial e comercial. A parte industrial do distrito, concentra-se, em sua maioria, às margens da rodovia Anhanguera. Com a fusão entre os distritos de Perus e Anhanguera, a região de Perus representa uma área de mais de 57,2 km². As Rodovias Anhanguera e Bandeirantes, que "cortam" a região fez com que parte dos bairros de Perus ficassem longe do centro do distrito e de outras localidades dentro do mesmo distrito, dando a impressão de ser outros distritos.
Ver artigo principal: Acidente na estação Perus